Combate ao bullying é desafio compartilhado entre pais e escola

Um esquadrão de pequenos detetives contra o bullying escolar está ajudando a combater uma prática que tem relatos crescentes e consequências devastadoras. A ideia nasceu das próprias crianças e ganhou apoio da escola e das famílias, por entenderem que a prevenção e o enfrentamento exigem uma atuação combinada. Ações de sensibilização sobre o tema e muito diálogo têm sido o caminho encontrado para ajudar a combater o problema.

O Colégio Santo Anjo, uma das principais instituições de ensino do Paraná, com mais de 3 mil alunos, realiza ações periódicas e anualmente promove uma semana inteira de atividades de conscientização. Neste ano, a programação inclui a escolha de um esquadrão de defensores nas turmas do Ensino Fundamental 1, ou seja, crianças de até 9 anos. “A ideia de ter alunos observando o comportamento dos colegas surgiu em conversas com as próprias crianças, como forma de aprendizado sobre o que pode ou não ser feito”, explica a orientadora do colégio, Márcia Pombo.

Durante alguns dias, dois alunos recebem um botton que identifica o esquadrão e ficam com a missão de observar e reportar situações que considerem problemáticas para a equipe do serviço de orientação educacional. “Essa é uma fase na qual as crianças confundem muito o bullying com brincadeiras e não se dão conta do que estão fazendo.”

Márcia explica que a iniciativa quer promover a conscientização sobre o tema de forma lúdica. “Todas as situações que tomamos conhecimento são tratadas com muito diálogo. A primeira coisa que fazemos é chamar os alunos para uma conversa”.

Acolhimento

Edi Gonçalves, consultor do programa Laboratório Inteligência de Vida (LIV), parceiro do colégio, participou de outra iniciativa da escola – um bate-papo com os pais dos alunos sobre o tema e também vê no diálogo o melhor caminho para solucionar eventuais problemas.

“Não existe uma fórmula pronta. Mas a primeira coisa que a gente precisa entender é a necessidade do diálogo e do acolhimento”, orienta. “Foque em quem fala para isso e legitime o que ela está sentindo. Respeitar a dor desse adolescente, dessa criança, é muito importante para que ela se sinta à vontade para poder falar dessa e de outras dores.

O consultor lembra, ainda, que é importante entender todos os lados da história. “Não para checar o que é verdade ou não. Mas para verificar como essa situação se instalou e como é possível atuar.” A escuta, diferentemente de apenas ouvir, é escutar de fato, com atenção. É colocar todos os sentidos ali para aquele jovem que está querendo expressar alguma coisa, de forma intencional ou não.

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